
FEEDBACK – FERRAMENTA PODEROSA DA LIDERANÇA.
28/11/2025
SUA EMPRESA PREPARA SUCESSORES?
09/12/2025Fala-se muito em engajamento, mas o que vemos no dia a dia é um número crescente de pessoas desconectadas do trabalho. Estão presentes, mas não estão inteiras. Entregam o mínimo, contam os minutos para ir embora, evitam se envolver.
Estamos falando de um fenômeno real, medido em pesquisas e sentido na prática por líderes e equipes.
A epidemia de desengajamento
Uma pesquisa da plataforma de gestão de pessoas Flash mostrou que 61% dos trabalhadores brasileiros se declaram desmotivados ou ativamente desengajados. Entre os jovens da geração Z, esse índice é ainda maior. Mesmo entre executivos, 35% afirmam estar desengajados, número que, embora tenha caído em relação ao ano anterior, continua alto e preocupante.
Depois da pandemia, muita gente passou a olhar o trabalho como uma dimensão “menos prioritária” da vida. O resultado aparece no clima, na produtividade, na qualidade das relações e, claro, nos resultados de negócio.
A boa notícia é que há empresas fazendo o caminho inverso: investindo em engajamento de forma estratégica, consistente e humana.
O que faz uma empresa ser um lugar incrível para trabalhar?
O que as empresas mais bem avaliadas estão fazendo
O prêmio “Lugares Mais Incríveis para Trabalhar” destaca organizações que vêm apostando em cultura, escuta ativa e reconhecimento como caminhos concretos para fortalecer o vínculo das pessoas com o trabalho.
Alguns exemplos inspiradores:
1. CNC: experiências que valorizam a realização no trabalho
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) criou o programa VEM – Viva Esses Momentos.
O foco é estimular:
- liberdade de expressão
- troca de conhecimentos
- um ambiente em que as pessoas se sintam realizadas com o que fazem
Mais do que ações pontuais, é uma proposta de cultura que legitima a voz dos colaboradores e reforça o sentido do trabalho no dia a dia.
2. Eppo: combater a invisibilidade e fortalecer o pertencimento
A Eppo, referência em Cidades Inteligentes, traz um ponto essencial: combater a invisibilidade de profissionais de limpeza urbana e serviços correlatos, que representam cerca de 80% do quadro da empresa.
Esses colaboradores são chamados de “equipe essencial”. Não é apenas um nome bonito. A organização investe em:
- canais seguros de escuta
- acolhimento real
- valorização do indivíduo como ser humano
A mensagem é clara: resultados consistentes podem caminhar junto com uma gestão profundamente humana.
3. Milplan Engenharia: cultura viva desde o primeiro dia
Na Milplan Engenharia, o engajamento é trabalhado desde a integração.
O projeto #SomosMilplan conecta valores e comportamentos à prática de gestão, aos processos e às decisões diárias.
Além disso, a empresa criou:
- programas de padrinhos
- redes de apoio para quem está chegando
Essas iniciativas reduzem a sensação de isolamento e aceleram o sentimento de pertencimento.
4. Tronox: ouvir continuamente para decidir melhor
A mineradora Tronox estruturou uma jornada de escuta ao longo da experiência do colaborador.
Após os três primeiros meses, todos respondem a uma Pesquisa Contínua de Engajamento, aplicada mensalmente. As lideranças usam os resultados para decidir ações de melhoria de clima e gestão.
A adesão, que no início mal passava de 30%, hoje chega a 76%, mostrando que, quando as pessoas percebem que a opinião delas gera consequência real, elas se engajam mais em participar.
O que tudo isso tem em comum?
Apesar de atuarem em setores diferentes, essas empresas têm alguns pontos em comum:
- Escuta ativa real: não é só aplicar pesquisa, é considerar o que aparece, discutir com transparência e agir sobre isso.
- Reconhecimento e pertencimento: comunicar que cada pessoa importa, especialmente quem historicamente é invisibilizado.
- Cultura como prática, não como discurso: valores aparecem em rituais, decisões, conversas difíceis, processos de gestão.
- Ambiente seguro e inclusivo: espaço para falar, errar, aprender e contribuir, sem medo constante de punição ou exposição.
- Lideranças preparadas: gestores que entendem seu papel como facilitadores de contexto, não apenas cobradores de resultado.
Como aproximar sua empresa de um “lugar incrível para trabalhar”
Se você está em posição de liderança ou atua em RH, aqui vão alguns caminhos práticos para começar:
1. Meça o engajamento – e leve o resultado a sério
Use pesquisas, conversas estruturadas, grupos focais. Mais importante do que a ferramenta é transformar o diagnóstico em ação concreta e comunicada.
2. Dê nome e voz a quem não costuma ser ouvido
Pense em áreas operacionais, times de apoio, pessoas em funções menos visíveis. Inclua esses grupos em fóruns de escuta, reconheça publicamente suas contribuições e traga suas perspectivas para decisões relevantes.
3. Conecte cultura às rotinas
Valores não podem viver só em murais e apresentações institucionais. Eles precisam aparecer em:
- critérios de promoção
- feedbacks
- reuniões de equipe
- rituais de reconhecimento
4. Cuide da experiência de quem entra na empresa
Onboarding não é apenas apresentar processos. É o momento de mostrar, na prática, como a cultura funciona, quem apoia quem está chegando e quais comportamentos são valorizados.
O que a liderança pode fazer para aumentar o engajamento?
5. Apoie as lideranças na prática, não só no discurso
Ofereça formação, mentorias, fóruns de troca e suporte real para que líderes aprendam a:
- ouvir mais e melhor
- dar feedbacks maduros
- lidar com conflitos
- construir confiança e segurança psicológica
Por que isso importa agora
Em um cenário em que o desengajamento cresce, atrair e reter talentos não depende apenas de salário e benefícios competitivos.
As pessoas querem:
- sentido
- respeito
- coerência entre discurso e prática
- espaço para contribuir e se desenvolver
Empresas que levam engajamento a sério estão saindo na frente. Não porque têm respostas perfeitas, mas porque decidiram tratar cultura, escuta e pertencimento como temas estratégicos, e não como “coisas de RH”.
Se a sua organização ainda está presa à lógica de que engajamento é apenas “motivar a equipe”, talvez seja hora de dar um passo além.
A pergunta que fica é:
O seu ambiente de trabalho está ajudando as pessoas a darem o seu melhor, ou apenas a contarem os minutos para ir embora?
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